terça-feira, 30 de outubro de 2018

Vídeo sobre o Compartilha de sábado

Você sabia que no próximo dia sete inicia a Feira do Livro do município de Santiago? Excelente evento para adquirir livros, prestigiar atrações culturais, encontrar as pessoas. O patrono desta edição é o escritor Márcio Brasil.

O Compartilha deste sábado será sobre a feira, pois falei com Rodrigo Neres, gestor de Cultura. Meu quadro é às 11h30min na Rádio Santiago.  

Eu adoro feira do livro e você?



segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Deixa eu sair da sua tribo?


As pessoas são diferentes e não esculhambadores, marginais, compliquentos (são muitos rótulos)


A vida é um eterno “driblar”. Driblamos saúde precária, educação do senso comum, violência crescente, corrupção alarmante. Meu discurso generalista, porém, permite-me percorrer mais discussões: - médicos que fazem cirurgias por plano de saúde mas cobram por fora; profissionais que “matam” pelo descaso; hospitais sem verba. (com exceções)

-Universidades, que, pela pressão econômica vivida, afastaram-se do “senso crítico”, perdendo a chance de construírem conhecimento com os indivíduos, para que, emancipados, tenham liberdade em suas opiniões, decisões, sonhos.

-Violência que, não cresce pela “bagacerada” que anda solta por aí, como dizem alguns. Cresce pelo tráfico de drogas, comandado pela elite, por muitos políticos. Violência que pode ser física, verbal, sexual, psicológica; os que cometem encontram respaldo na sociedade doente em que vivemos, aquela que diz “bandido bom é bandido morto” mas isso só vale para alguns. Ou o filho de papai que, bêbado, atropelou alguém e matou não é um bandido? Violência é dizer que não precisa de cultura, de artistas, de incentivos a eles. Combinamos o seguinte: largue a sua novela, não vá mais a shows, afaste-se de festivais, não ouça mais música. A sociedade vai mal porque enxerga na cultura um problema e não um investimento.  

-Corrupção que, é algo inaceitável no governo, com dinheiro público, mas é permitida com o gato na energia (o valor depois é pago por todos nós), no furo na fila, com o imposto sonegado, com o roubo dos itens da carga do caminhão acidentado.  

O mundo merece ser habitado pelos cidadãos de bem. Quem? O homem que valoriza a família mas tem outras mulheres? O magnata que bate na mulher mas pede para a polícia abafar para não sair nos jornais? O jovem classe média que cheira cocaína na boate mas que chama de drogado o maconheiro da esquina? Aqueles que “não tem nada contra” mas fazem piadas contra negros e gays?

Estamos em uma cidade “boa de se viver”. Característica meio normal entre cidades de porte pequeno/médio. Temos saneamento, segurança, educação, saúde, limpeza urbana. Tentamos ter inovação/criatividade na economia. Mas, estamos agarrados à princípios conservadores: ainda somos regidos pelo partidarismo, com forte tendência à exclusão. Trabalhamos pouco pelo conhecimento, liberdade, geração de emprego, desenvolvimento humano. Nossos jovens tem poucas perspectivas. Apesar de termos ações benéficas em vários campos, as coisas não são coesas e quem participa delas, muitas vezes, são os mesmos. Talvez, esta seja uma frase tão pronunciada em cidades menores: ‘sempre os mesmos’.

Tentativas de ir atrás de cases de sucesso, em outras regiões, claro que não são em vão. Mas, como estão as nossas demandas locais? Existem municípios prósperos e com abertura mental que podem servir de exemplo a nós. A tolerância, talento e tecnologia formam cidades melhores (mais criativas, desenvolvidas). Em especial, a tolerância, é o aceitar o outro e é valorizar diversidades (sem deboches), o que torna espaços sociais muito mais felizes. A motivação é construída diariamente. Vem de dentro e de fora também. Os fatores externos são muito importantes: nossos governantes e o povo precisam construir uma atmosfera leve, com inovações que dizem pouco sobre produtos, mas sobre processos que possam modificar o modo de ver as coisas.

Ouvimos discursos elogiáveis de pessoas que passaram trabalho na vida e que conquistaram o seu espaço. Parabéns! Sem desmerecer, vivíamos outros tempos. A concorrência era menor, os problemas sociais não tinham a complexidade de hoje. Não se pode querer “podar” as possibilidades surgidas aos que mais precisam porque você conseguiu vencer na vida. Seria uma injustiça com o universo e com o astro rei, afinal, todos merecem um lugar ao Sol.

Nem todos precisam ser da tribo A, podemos ir para a B ou a C. As pessoas são diferentes e não esculhambadores, marginais, compliquentos (são muitos rótulos). Talvez queiram um mundo melhor/uma vida melhor, indo por um caminho diferente. Ninguém quer deboche, exclusão, boicote. Não querem “fingir que está tudo bem”, querem que de fato esteja, e o melhor, para tod@s. Porque, verdadeiramente, quem precisa é aquele que não tem a saúde paga, a educação nos melhores colégios, uma casa luxuosa, fazendas com um largo horizonte.

“O povo precisa ter o que merece”. Falam.Você não é parte dele? Todos 
somos. Merecemos o que então? Que fique na sua consciência a resposta.





quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Comunicação Interna: Erros, acertos e dicas



Você reflete sobre como vem fazendo ou planejando?


Sua empresa tem 10 funcionários ou 500? Comunicação interna sempre, não importa o tamanho. Ela qualifica o espaço geográfico/social e fortalece as relações, contribuindo com ganhos na produtividade.

Principais benefícios da comunicação interna

- Sentimento de pertencimento
- Diminuição de ruídos na comunicação
- Valorização dos profissionais
- Motivação da rede colaborativa
- Compartilhamento de informações que podem mudar a vida de quem trabalha com você

Erros mais comuns 



- Produzir materiais gráficos ou digitais com termos de difícil entendimento (levar em conta que sua empresa pode ter pessoas de diferentes escolaridades);
- Distribuir brindes em datas comemorativas que não tenham utilidade alguma a determinadas pessoas (tentar pensar em algo geral, que agrade a todos);
- Deixar sair na mídia algum assunto que os trabalhadores não tem conhecimento, exemplo: início de inscrições para algum curso, a empresa recebeu um prêmio; etc.

Acertadas



- Em momentos de dificuldades da empresa, enviar e-mails (ou fazer reunião) detalhando os problemas. Isso traz reflexos na comunidade, pois, se alguém for falar do acontecimento, seu colaborador estará pronto para dar as informações corretas;
- O contrário também é importante: compartilhar com a rede colaborativa conquistas importantes para a empresa;
- Produzir materiais no momento certo indica preocupação da empresa com o trabalhador: cartazes falando de determinado assunto (por exemplo, Outubro Rosa), e-mail parabenizando por alguma data especial (aniversário de vida ou de tempo na empresa), cartazes de serviço, indicando períodos de férias, novos horários, etc;
- Criar mecanismos de comunicação: Jornal Mural, informativo (semanal, quinzenal ou mensal), entre outros;
- É importante existir um canal de comunicação com os colaboradores para que eles enviem informações suas para posteriores reportagens. Colaborador valorizado, empresa valorizada!


Dicas

- No final do ano vigente, que tal criar um cartaz cheio de bons momentos da sua empresa?
- Que tal montar uma equipe para passar nos setores explicando sobre certos assuntos, como câncer de mama, câncer de próstata, dengue, dúvidas sobre questões trabalhistas?
- E se, uma vez ao mês, a comunicação elencar um setor específico para fazer uma reportagem especial para ir para o site e redes sociais? Pense sobre...


Experiências na URI:


Seminário de Gestores: eventos assim são boa opção de integração da rede colaborativa

Projeto de música/canto. Oferecer estes projetos aos funcionários e divulgá-los faz toda a diferença

Universidade em feira da região: a comunicação interna deve sensibilizar os funcionários sobre a importância de eventos deste porte

Dia de evento: nunca esqueça, eles são ótimas maneiras de engajar a rede colaborativa em projetos/ações



segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Pequena grande Juju


Conheci Juju há uns oito anos. Foi largada em uma granja perto do Capão do Cipó. Minha cunhada a recolheu e perguntou se minha mãe não queria acolhê-la. Seu nome era Julieta, mas, foi simplificado para não causar atritos com a vizinhança caso alguém tivesse este nome. Juju tinha sido maltratada ou atropelada, não sei bem, mas, adquiriu um machucado incurável na boca. Minha mãe chegou a fazer cirurgia para corrigir um pouco. Este problema ocasionava muitos espirros e não era qualquer comida que podíamos dar para a Juju.

Juju era uma fera. Baixinha e invocada. Era delicada e caprichosa. No pátio da casa da mãe, gatos nunca mais ousaram entrar. Ratos e raposas eram seu alvo. Até uma galinha que pulou no pátio se viu em apuros com a temida Juju. Quando a gente chegava, ela corria para sua caminha e acenava com o rabinho. Ela gostava de passeios, de ir na pracinha que fica em frente à casa e odiava a solidão. Quando a mãe ia viajar Juju fazia guerra de fome. Pegava todos seus cobertores e levava para o pátio como forma de protesto.

Morei por cerca de seis anos com minha mãe antes de me mudar. Minha relação com Juju sempre foi de carinho, amizade, brincadeiras. Fui embora da casa da minha mãe mas Juju seguia sendo um pouco minha. Igual ao quarto da casa da mãe que nunca deixa de ser nosso, sabe?

Juju, muito atrevida e faceira, foi dar um passeio num fim de semana, mas uma fatalidade a tirou do nosso convívio. As noites tem sido estranhas. Morando na rua ao fundo da casa de minha mãe, já não escuto o latido da Juju, este era inconfundível. Aquele pequeno grande animal deixou um vazio. Ele era uma companhia diária e o símbolo do amor.

Apesar do desconsolo, penso que o santo protetor dos animais, a protegeu muito. Em todas as suas caçadas noturnas no pátio, Juju sempre saiu ilesa. Foi vítima de abandono. Enfrentou cirurgias. Vai ver, o destino reservou uma briga daquelas, em que ela não sairia vitoriosa. 

A gente mesmo acaba procurando consolo. Cheguei a imaginar um céu azul cheio de animais que já partiram. Criei um cenário com a Juju, com toda aquela estatura de uma Cofap, latindo, chamando a atenção e marcando seu território.  

Ensinamentos de Juju:

Defenda seu espaço, sem nunca perder a doçura.

Tenha coragem, mesmo nas noites mais escuras.  




*Apenas agora consegui postar algo, devido à tristeza sentida.
*É um texto em homenagem à Juju e a todos os bichinhos que nos conquistam com seu amor e valentia.



segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Compartilhar


Compartilhar é um verbo muito importante no meu dicionário. Talvez em função disso, tenha pensado nele para dar nome ao meu quadro chamado Compartilha, que irá ao ar todo sábado, às 11h30min, na Rádio Santiago. A estreia aconteceu no último sábado (13).

O que seria de nós se nossa vida não fosse de compartilhamentos? Compartilhar uma notícia boa com a família, compartilhar o resultado de uma receita que há muito tempo queria fazer, compartilhar momentos agradáveis, como um churrasco de domingo?

Líderes de hoje não precisam ser extremamente técnicos, mas sim, humanos e aptos a estarem, compartilhando notícias, ações e aprendizados com a equipe, visando pessoas/trabalhadores melhores. Soube de uma pós-graduação? Compartilha com quem tem interesse... Soube de vagas gratuitas de mestrado? Bora lá, passa pros seus conhecidos... Tem um curso na área de interesse do seu namorado? Não pense duas vezes, fale para ele. Soube de uma notícia que beneficiará alguém (tipo, você tem direito a sacar o dinheiro do PIS, ehehehe)? Bora compartilhar! As relações interpessoais ficam mais ricas e a sensação de ter aumentado o rol de pessoas envolvidas no episódio faz muito bem.

Os termos curtir, compartilhar, comentar, desenvolveram-se muito com o advento/crescimento das redes sociais. A facilidade com que podemos interagir também deveria nos trazer mais responsabilidades: devo curtir realmente o que eu achei legal; devo compartilhar notícias verdadeiras e que não prejudiquem a dignidade/integridade de alguém; devo comentar com o devido respeito e responsabilidade.

E, mais do que estarmos nas redes de posse destes botões poderosos, que nos fazem interagir de maneira intensa com os internautas, devemos também ter atitudes no mundo físico. Prestigiar a apresentação de trabalho de um filho; assistir a uma apresentação artística; ir a um lançamento de livro; divulgar ações sociais mas na medida do possível participar delas; conversar/cumprimentar as pessoas.

*O primeiro Compartilha na rádio falou sobre o poder do whatsapp e como ficamos “viciados” neste aplicativo. A segunda edição falará da rede que se formou em torno dos animais abandonados/perdidos. E assim vamos nós: compartilhando informações e fatos.


Ideias!