sábado, 15 de dezembro de 2018

Não me falta mais nada, nesta calma alvorada, para andar por aí


Parei de trabalhar com carteira assinada (sim, porque a gente segue trabalhando) em agosto deste ano. Na Rádio da URI, além de programar as músicas, fazia o programa Conexão 106, ao vivo, de segunda a sexta, com notícias da universidade; apresentava o Cultura tá na Mesa toda sexta-feira, um programa de entrevista; fazia o Redação 106 de segunda a sexta, em duas edições. Para quem conhece rádio, ter esta rotina significa uma coisa: correr. Porque, aliado a isso, tinha vários outros afazeres no setor. Mas, e daí, o que fazer quando esta rotina muda? Ora, pedi um quadro à Rádio Santiago, o Compartilha, o qual foi muito aceito pela dona Eda e Cris.

Comecei em outubro, “depois das eleições do primeiro turno”, pois, a correria com as inserções políticas estava muito grande. O quadro busca falar de comunicação e em como as redes sociais mexem com nosso cotidiano, além de destacar algo que teve repercussão ao longo da semana. Já falamos de depressão; ENEM; whatsapp; Black Friday; redes sociais mais utilizadas; proteção aos animais; o câncer de mama; feira do livro; criatividade; comunicação colaborativa. Ele vai ao ar sábado às 11h30min.

Na sexta-feira (14), houve a confraternização da emissora. Ambiente acolhedor, humano e de felicidade. Equipe que se dedica, ama o que faz, valoriza o detalhe e faz da amizade combustível diário. Isso se traduz em uma empresa consagrada, desenvolvida e de grande penetração no mercado e na vida das pessoas.

Voltando ao quadro Compartilha, digo que estou adorando, pois acabei conhecendo pessoas novas (ao fazer as entrevistas) e dedico-me a temas/assuntos que enriquecem a vida da gente e a forma de trabalhar.



Abaixo, alguns momentos e Matheus Nunes, cantando Manhãs!






segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Dica de passeio na região | Jardim das Esculturas


Descrever o Jardim das Esculturas seria uma atitude muito pequena perto da grandeza do lugar. Fica em São João dos Mellos, interior de Júlio de Castilhos, região central do Estado. Fundado em 2005, conta com mais de 600 esculturas de Rogério Bertoldo. No espaço, são encontradas trilhas; a montanha do silêncio; as esculturas; locais de descanso e existe a oportunidade de assistir à confecção das peças.

Lá pelo ano de 2008 ou 2009, não lembro direito, estive no espaço junto do então vereador Arnaldo Bertoldo, tio de Rogério. Eu trabalhava na Rádio 14 de Julho. De lá para cá, muita coisa mudou: o espaço é hoje um ponto turístico, recebendo pessoas de várias cidades. Fiquei surpreendida pela tamanha transformação. Já era lindo quando eu fui, imagine agora.

É um lugar de luz: onde os raios do sol iluminam o dia de forma diferente. O céu azul encosta no mato. A calmaria e o silêncio acalmam o coração. A trilha, com água e pontes, é bálsamo para a alma. A montanha do silêncio soa como um apelo diante do mundo conturbado e barulhento, o mundo onde quem grita mais é que leva. A natureza preservada vai de encontro à crença de empresários que não enxergam árvores, mas o lucro que será obtido ao derrubá-las.

O caminho até o jardim também vale a pena. Do asfalto até o local é preciso andar um bom pouco, mas o legal disso, é que a expectativa de chegar só vai aumentando. A vila de São João dos Mellos é linda: um pedacinho de paz na imensidão do universo.

Rogério falou conosco. Estava fazendo uma escultura para a entrada da localidade. Também, tem uma encomenda para entregar, esta será feita na madeira (a maioria das esculturas é em pedra: arenito, pedra-sabão, etc.). Ele disse que fazer a escultura em pedra é mais rápido (algumas ele faz em até um dia), já a madeira leva muito mais tempo. Falei da estátua do Aureliano, em Santiago, ele que fez!

As obras dispostas pelo jardim, mostram que é possível produzir e preservar. A arte é isso: imersão, criação, produção, preservação, conscientização. Precisamos valorizar a luz e colocá-la em nosso caminho, para que guie nossas profissões dentro deste propósito: o de trabalhar e progredir, amando os seres vivos. 

Somos “casca”, isso é uma passagem. Nós iremos, as esculturas permanecerão, então, que saibamos cuidar bem da viagem.



Entrada para São João dos Mellos


Entrando na trilha

Aqui é a chegada ao jardim

Na trilha: curve-se à natureza




Ideias!