segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Ponta do iceberg

18h da tarde de uma segunda-feira: hora de revisar as matérias do site; publicar coisas no Twitter; fazer uns posts legais para o Facebook; mandar releases para a Imprensa (tomara que seja publicado!).

Me dou conta que desde o início do dia estava em função disso. Mandei whats para a responsável pelo assunto da matéria pois eu estava com dúvida, comecei a escrever, atendi telefone, segui escrevendo, chegou um e-mail com assunto urgente para resolver, peguei as fotos do cartão da câmera, selecionei as fotos, baixei a resolução, alguém chegou e parei o que estava fazendo, segui na matéria, ufa, hora de revisar para a postagem.

Em tempos de tecnologia, o trabalho da assessoria de imprensa está mais facilitado, pelo acesso à informação, mas, é preciso jogo de cintura para encarar o dia a dia. Uma única frase pelo whats e você tem que conseguir escrever uma matéria; um link de um evento no e-mail para você olhar e escrever um texto; uma chamada no Messenger dizendo que no face estão as fotos de um acontecimento: “favor fazer matéria”.

A vida de quem trabalha com informação, em órgãos e empresas, é uma maratona: estamos próximos de tudo e todos, mas, tendo de agir rápido demais: quando sai? Vocês podem publicar?

Quando a notícia é lançada no site, quando aquele post tão esperado sai no Facebook, quando a matéria foi veiculada no jornal local da cidade, enxergo apenas a ponta de um iceberg. Antes disso, passou-se por várias etapas. Produção, leitura, escrita, cobertura fotográfica, revisão, criação de layout para as redes sociais. Toda a comunicação é assim. Pegue um jornal impresso na mão e tente imaginar o que é feito até ele estar ali. Assista o seu telejornal preferido e imagine a quantidade de pessoas envolvidas. Ouça um documentário no rádio e tente pensar no que a equipe fez até chegar a ele.

Nunca me esqueço de um documentário sobre os 25 anos da URI, empresa que trabalhei por seis anos. Lançamos ele na festa de aniversário da universidade e depois de meia hora de vídeo e do aplauso da plateia, eu lembrei dos quatro meses agendando entrevistas, gravando com pessoas, montando, editando, arrumando a música, errando, acertando.

Comunicação é viver dias cheios. Chegar no topo do iceberg, ir ao fundo lá na base. É uma construção. Que esta "ponta" produza sempre muitos cliques. No fundo, é o que a gente busca.




terça-feira, 14 de agosto de 2018

O vídeo do Mãozinha


Nesta profissão, é muito bom poder contar histórias, atitudes. Percebo que os animais ganharam um importante espaço nos meios de comunicação: seu carinho, suas brincadeiras, sua proteção, conquistam as pessoas por meio de vídeos e fotos. Por outro lado, constata-se muitos casos de abandono, maus tratos. Pelo avanço das redes sociais, ficamos sabendo dos inúmeros casos, pois, hoje temos uma comunicação colaborativa, onde todos publicam, comentam, compartilham.

O Mãozinha, cão que circula pela URI, receberá uma homenagem de carinho na formatura de Ciências Biológicas dia cinco de janeiro. A turma decidiu isso depois de ver que no Estado havia ocorrido homenagem semelhante. Os alunos quiseram reforçar exatamente isso que falei: o respeito aos animais; os casos de abandono; a convivência harmoniosa (e amorosa) que se pode ter com eles.

Mãozinha tinha donos. Eles não foram mais encontrados. Existem muitos Mãozinhas por aí. Há quem diga que os protetores de animais preocupam-se demais com bichos, que tem muita gente em situação de dificuldade. Ora, um cuidado não exclui o outro. Está mais do que na hora de entendermos a missão dos animais no mundo. Sabe-se que os animais domésticos desenvolvem a afetividade em crianças e ajudam idosos, deficientes e pessoas doentes. Fora, toda a alegria que trazem à vida de qualquer pessoa.   

Gravamos o vídeo no final da tarde de segunda-feira: ele não gosta de câmeras, mas nada que um pedacinho de pastel não resolvesse. Mãozinha gosta mesmo é de entrar na sala de aula e dormir perto dos alunos; entrar nos eventos (principalmente se tem coquetel); brincar na grama; ser acariciado.

Mãozinha teve uma missão: foi abandonado, mas, virou símbolo de conscientização e amor.


Abaixo, Mãozinha, nosso galã.

Mais abaixo, o nosso vídeo.






Ideias!