18h da tarde de uma
segunda-feira: hora de revisar as matérias do site; publicar coisas no Twitter;
fazer uns posts legais para o Facebook; mandar releases para a Imprensa (tomara
que seja publicado!).
Me dou conta que desde
o início do dia estava em função disso. Mandei whats para a responsável pelo
assunto da matéria pois eu estava com dúvida, comecei a escrever, atendi
telefone, segui escrevendo, chegou um e-mail com assunto urgente para resolver,
peguei as fotos do cartão da câmera, selecionei as fotos, baixei a resolução,
alguém chegou e parei o que estava fazendo, segui na matéria, ufa, hora de
revisar para a postagem.
Em tempos de
tecnologia, o trabalho da assessoria de imprensa está mais facilitado, pelo
acesso à informação, mas, é preciso jogo de cintura para encarar o dia a dia. Uma
única frase pelo whats e você tem que conseguir escrever uma matéria; um link
de um evento no e-mail para você olhar e escrever um texto; uma chamada no Messenger
dizendo que no face estão as fotos de um acontecimento: “favor fazer matéria”.
A vida de quem trabalha
com informação, em órgãos e empresas, é uma maratona: estamos próximos de tudo
e todos, mas, tendo de agir rápido demais: quando sai? Vocês podem publicar?
Quando a notícia é lançada
no site, quando aquele post tão esperado sai no Facebook, quando a matéria foi
veiculada no jornal local da cidade, enxergo apenas a ponta de um iceberg. Antes
disso, passou-se por várias etapas. Produção, leitura, escrita, cobertura
fotográfica, revisão, criação de layout para as redes sociais. Toda a
comunicação é assim. Pegue um jornal impresso na mão e tente imaginar o que é
feito até ele estar ali. Assista o seu telejornal preferido e imagine a
quantidade de pessoas envolvidas. Ouça um documentário no rádio e tente pensar
no que a equipe fez até chegar a ele.
Nunca me esqueço de um
documentário sobre os 25 anos da URI, empresa que trabalhei por seis anos. Lançamos
ele na festa de aniversário da universidade e depois de meia hora de vídeo e do
aplauso da plateia, eu lembrei dos quatro meses agendando entrevistas, gravando
com pessoas, montando, editando, arrumando a música, errando, acertando.
Comunicação é viver
dias cheios. Chegar no topo do iceberg, ir ao fundo lá na base. É uma
construção. Que esta "ponta" produza sempre muitos cliques. No fundo, é o que a gente busca.