Época de campanha política. Propagandas pagas,
espaços gratuitos. Emissoras de rádio e televisão tendo cuidado em suas
programações, pois isso pode, isso não pode. A meta da Justiça Eleitoral é dar
igualdade a todos, mesmo que esta igualdade seja tão desigual. Mas,
acompanhando os horários gratuitos, os posts da Internet e os carros de som, reflito:
- ‘Ajude fulano de tal com seu voto’. Péssima frase.
Nossa obrigação não é ajudar ninguém, é votar de forma séria para que o eleito,
pago por nós, desempenhe um papel exemplar, baseado na ética e
profissionalismo, sendo guiado pelos anseios da comunidade.
- Os ataques na propaganda gratuita servem para uma
coisa: fazer o eleitor pegar ranço. Nós é que pagamos este horário eleitoral,
e, no mínimo, seria melhor acompanhar as propostas do que ver candidatos
denegrindo as imagens dos outros.
- Quando o candidato diz: ‘manda um whats pra mim’,
sei que é uma ótima maneira de interação e proximidade, mas, é pura ilusão ao
eleitor. Ou, você pensa que falará mesmo com seu possível candidato?
- Quando no sábado ou domingo, ao meio dia, você
estiver tentando descansar após uma semana cheia e passar aquele carro de som
acordando toda a vizinhança, repense sobre o respeito que este candidato tem
com relação ao bem-estar da comunidade. Som é permitido, mas, precisamos usar o
bom-senso.
- Sua caixinha de correio está lotada? A minha
estava. Poluição ambiental e gasto desnecessário. Em um mundo que clama pela
preservação do meio ambiente, gastar tanto papel inutilmente é a melhor
estratégia? Eu não li nenhum, botei no lixo. Marqueteiros, repensem os meios
para propaganda, por favor.
- Se na propaganda, o candidato falar que ‘entregou’
tal obra para a comunidade, entenda que eles não entregam nada a você. Nós
pagamos para isso. Não vá a inaugurações batendo nas costas de políticos e
agradecendo por demandas que são o seu dever.
- Se a região do seu Estado carece de desenvolvimento,
tem estradas precárias, jovens com poucas perspectivas, acenda a luz amarela.
Como os representantes estão olhando para a sua região?
- A cada eleição, uma certeza: a mesma coisa sempre.
Slogans bem pensados; candidatos bem treinados; depoimentos de cidadãos comuns
sobre aquele político; muito choro; sorrisos. Idosos, crianças e pessoas pobres
explorados na mídia. Uma enxurrada de informações sobre o que fulano fez, como
fez, etc.
Esta é uma eleição muito intensa nas redes sociais
(pelo movimento dos internautas). Nunca se usou tanto o termo ‘liberdade de expressão’,
quando, às vezes soa como uma liberdade para a opressão. Em contrapartida, nas
mídias tradicionais, está tudo bem igual. O fulano fez, está fazendo e fará.
Acredito que a pergunta final seja: será?
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