Acordei cedo hoje. O fato de ter parado de
trabalhar, não me fez prolongar o tempo na cama. Preciso aproveitar o dia,
dentro dos propósitos que estipulei. Tomei café. Tomo café sempre, se não, até
meio dia não aguento a fome. Estudei um pouco, meio desconcentrada. Mexi no
celular, porque gosto de acompanhar os últimos acontecimentos. Antes do almoço,
arrumei a casa. Fiz até a minha unha (estavam horríveis). Já tinha um almoço “encaminhado”,
foi só esquentar e passar o bife. Almoçamos. Estou tomando um café. Logo sigo
nos estudos.
Normalmente, minhas manhãs são para fazer coisas no
centro. Costumo também tomar meu chimarrão. Estudo. A parte da tarde é mais
tranquila. Dedico-me a estudar mais, pesquisar, ler, depois vou à academia. De noite
sim descanso: como algo, relaxo, se der, leio. Neste quase um mês sem
trabalhar, não abandonei o uso da agenda (ela norteia meus afazeres); tenho
cuidado mais dos meus cachorros; dei mais atenção à alimentação. Sigo acompanhando
as coisas da minha cidade, quando dá. Tento ver os amigos (quando dá). Não. Isso
não é um diário sobre o desemprego, tampouco um relato do ócio. Até porque não
interessaria a ninguém. Estas linhas são para falar do novo. Das coisas novas
da vida da gente e que fazem muito sentido.
Quando tu começa a malhar, é provável que nos
primeiros dias fique cheio de expectativas. Quando tu começa a ler um novo
livro, certamente sente que começou algo produtivo. Quando tu se inscreve para
um concurso, parece que começa a plantar um sonho né? Quando começa uma
pós-graduação, sente um entusiasmo pela trajetória que virá e pelo título que
conquistará. Quando se compra um pacote de viagem, a expectativa é enorme para
que o dia chegue logo. Tudo o que é novo, mexe conosco. Impulsiona.
Nem todo o começo é fácil. No meu caso, lançar-se no
“novo”, foi desafiador. Largar a estabilidade, salário, carteira assinada, pode
ser loucura na cabeça dos mais conservadores. Entendo que a rotina muda
drasticamente, o convívio diário não existe mais, chega a preocupação com as
contas. Mas, a liberdade, a descoberta de coisas novas, o tempo para
desempenhar tarefas, valem muito a pena. Loucura seria fugir da vida que pulsa
aqui fora, estabelecer planejamentos que
tu já não sabe se vai querer cumprir, fixar-se em um lugar cômodo sem estar feliz.
Acredito que todos devam tentar coisas novas. Ah,
sei lá: fazer um bolo que nunca fez, ir a um lugar diferente, participar de um
curso, ir a alguma palestra, mudar de emprego, começar um curso superior,
aprender a dirigir, especializar-se em algo que gosta, como música, culinária,
costura, etc.
A vida é evolução. Não foi feita para regredir. Nem falo
em bens materiais. Mas sim em atitudes, sentimentos, aprendizado.
Agora, vou estudar. Tenho algumas metas para este
ano. Claro que tem coisas velhas e rotineiras que a gente segue fazendo, como
por exemplo, passar roupa, que é o que farei depois.
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