terça-feira, 11 de setembro de 2018

A inspiração da madrugada


Três horas da manhã. É só acordar pra ir no banheiro que o sono já não vem. Aproveito aquele momento “de folga” para pensar no dia que tive, no amanhã, nos afazeres. O celular mostra que já são 3h30min. Toda a forma de acomodação já foi buscada para dormir, mas nada. Começaram vir umas ideias legais para executar no trabalho. Bah, isso seria bem jóia, traria impacto e poucos custos, pensei. Dei até um nome ao “pré-projeto”, pensando nele várias vezes, na tentativa de memorizar e não esquecer no outro dia. Na hora do café, pois foi necessário um café bem forte, sigo pensando no nome, nas ideias, na possibilidade. Quase converso sozinha, foi por pouco. Ao chegar no trabalho, dividi tudo aquilo, fizemos acréscimos e ajustes e, por incrível que pareça, aquela ideia virou realidade.

O cansaço do trabalho e a rotina acelerada nos empobrece. É impressionante como travamos na hora de desenvolver coisas no ambiente organizacional e como em momentos descontraídos (ou de insônia) conseguimos pensar com mais clareza e calma sobre vários assuntos/demandas profissionais.

Ao passarmos um briefing à uma agência publicitária, eles pedem “tempo”, cobram antecedência. Ou seja, para os criadores, tempo é dinheiro, ou melhor, tempo é ideia. As pessoas precisam respirar, sair da pressão, parar de ouvir o telefone tocar, abandonar o whats. É preciso colocar um elástico nestas rotinas, sair da frente da tela, pegar ar puro, esquecer, porque, quando menos se espera, a gente pensa em algo legal para aquilo tudo. Vem sabe? Os gerentes e chefes costumam cobrar bastante trabalho, prendem-se a horários, mas, isso não está diretamente ligado a um ambiente produtivo (e criativo). Pessoas precisam de liberdade em seus pensamentos, precisam clicar no botão do mouse com amor e não com pressa ou insegurança.

“Tempestades de ideias” no meio da rotina são importantes no processo. Porém, se você é um colaborador apaixonado pelo que faz, e se trabalha especialmente com comunicação, deve identificar-se de que a mente precisa estar bem. E que produzir, criar, lançar, é um desafio, não é besteira. Se você é coordenador de algum setor, entenda que é melhor alguém pensando longe e grande do que enraizado em um dia a dia pouco produtivo. Organize capacitações e viagens técnicas, lance a ideia de um piquenique, convide para um happy hour, ou, por que não uma folga se a rotina está pesada? A diferença pode estar exatamente aí e pode resultar em melhorias no ambiente organizacional. O ócio pode ser muito produtivo.

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