segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Sua empresa faz coisas muito legais? E ela divulga isso?

Fiquei pensando em como ocorrem ações/eventos legais nas empresas e em como isso, as vezes, "passa batido", sem a divulgação merecida. A Sô Comunicação, minha empresa, realiza uma assessoria completa neste sentido: fotos no local, coleta de dados e depoimentos, construção da reportagem ou nota e posterior publicação em vários meios. Pense em como isso é importante para a divulgação do seu negócio. 





sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Jornalista Ambiental. Quer ser um? Veja as orientações.

O projeto Entretenimento, Conhecimento Científico e Aprendizado no Parque Zamperetti iniciou as atividades na última quarta-feira (07). Trata-se de um projeto interdisciplinar realizado entre os cursos de Ciências Biológicas e Educação Física da URI e prefeitura, tendo o intuito de realizar as analogias entre o conhecimento científico e as interações que se estabelecem no parque, salientando as diferentes relações entre a fauna e a flora e as diversas possibilidades de aprendizagem. Através de práticas de orientação e arvorismo, os alunos irão interagir com a natureza, realizar atividade física, fazer um link entre os conhecimentos vistos em sala de aula com a prática, além de terem a oportunidade de viver a Educação Ambiental em espaços não-formais. 

Dentro desse projeto, irá ocorrer a proposta Jornalistas Ambientais, quando os estudantes poderão escrever reportagens, editoriais e artigos, bem como, fazer fotos jornalísticas sobre a atividade realizada. A coordenação do projeto estará entregando orientações aos alunos/professores, as quais encontram-se abaixo. Informações: 55 99915 3235 (Sonaira). 



sexta-feira, 2 de agosto de 2019

O processo de comunicação

Olá! 

Gravei um vídeo simples e rápido, falando em como se estabelece o processo de comunicação da minha empresa com o futuro cliente. É essencial dialogar, gostar de planejar, ter foco, vontade de trabalhar, além de muita criatividade e humanidade.







terça-feira, 21 de maio de 2019

Pequenas resistências do cotidiano


Prestes a completar os meus 35 aninhos e no auge da juventude, porque eu não acredito em idade e sim na conexão do nosso espírito com o mundo, me pego a refletir sobre tanto, tudo, todos e mais sobre a mim mesma.

Os acontecimentos políticos deste último ano modificaram muitas relações. Talvez tenha sido uma forma de lançar luzes sobre assuntos, fatos, demandas, sonhos, que, por ora, estavam engavetados, ou, no bombardeio midiático que caracteriza nossos tempos, passavam despercebidos, sem ganhar uma curtida, comentário, compartilhamento, debate. Famílias brigaram, amigos se estranharam, conhecidos discutiram. E, o Brasil, segue aí: em minha opinião, beneficiando quem tem mais em detrimento de quem luta com bastante dificuldade para viver. Tenho uma ideia um tanto simplista sobre política: nossos governantes precisam dar atenção aos empresários, a classes “produtoras”, que, como dizem, levam o Brasil para frente, não é este o discurso? Mas, quem é rico, continuará. Quem tem casa própria, carro na garagem, uma empresa, viaja todo mês, tem filhos em escola particular, precisa de bons governos, mas, isso não é condição para terem uma vida boa, eles já têm.

Vivemos tempos de extremismos, a ideia do oito ou oitenta nunca valeu tanto. Ou se é Bolsonaro ou se é comunista. Ou se é direita ou se é PT. É de universidade pública? Só festa. O Brasil, tão diverso, plural, gigantesco, se reduz a um enfraquecimento coletivo de consciência, empatia, conhecimento. Uns gritam demais, outros, encontram-se apáticos frente a tantas situações.

O que mais decepciona não é só a corrupção dos políticos. Contra? Todos somos. São os “cambalachos” sutis da nossa sociedade. É o emprego arrumado por questão política. É o salário alto por questão de afinidade. É o rico querendo ganhar itens de graça fazendo seus dribles burocráticos.  Isso se traduz em desesperança para acreditar em um espaço melhor, mais tolerante, diversificado, com abertura a novas ideias, novas pessoas, novas possibilidades.

Persevero na área da Comunicação. Amo, admiro, entendo ser vital para a sociedade, tanto, que o Jornalismo é intitulado como quarto poder. Mesmo que estejamos passando por mudanças que nos induzem à resiliência, é preciso acreditar. Não se pode largar uma profissão assim, porque o mercado não colabora, o mundo não entende, as pessoas não captam a sua importância.

O Jornalismo está dentro da esfera das Indústrias Criativas e isso remete a dizer que a criatividade é o insumo básico para o trabalho. No dia a dia da minha profissão, procuro atuar com princípios básicos do Jornalismo, acrescentando fatores como sensibilidade, criatividade, empatia e capacidade de organização/planejamento. Poucos são os que entendem a significância disso e o quanto o produto do Jornalismo-  a informação (quando bem trabalhada)-  tem valor.

Já imaginou o seu cotidiano sem a Comunicação? Falo da Comunicação dos meios tradicionais e digitais. Imagine um acontecimento ‘daqueles’ sem a possibilidade de virar notícia? E, quem é que está ali atrás produzindo, apurando, escrevendo, fotografando, fazendo mediações? É o jornalista. Tão lembrado em momentos ruins nas organizações (porque ele tem que ajudar muitos espaços a se reerguerem através da Comunicação), e tão escanteado em momentos de glória. Sei que faço um recorte dramático do momento, mas é necessário.

Porém, neste Brasil que eu falava lá em cima, de laços mais fracos, de verdades oprimidas, de mentiras calculadas, de vaidades extremadas, de aparências que enganam, cabe acreditarmos que as pequenas resistências do dia a dia colaborarão com um cotidiano mais saudável e alegre. A alegria, a inclusão, a criação, a igualdade, movem o mundo.

Continuemos!

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Mais Lúcios!


Quando criança, eu adorava os meus bichinhos de pelúcia, que, na época, eram preenchidos com bolinhas de isopor. Nem perto dos brinquedos de agora. Colocávamos eles sobre a cama e fingíamos que eram os nossos alunos. Dávamos aula de português, de matemática. Mas que turma bagunceira: chamávamos a atenção dos ursos, como se realmente estivessem nos ouvindo.

O pátio de casa era palco de muita correria, energia de criança, suor, sonhos. O esconde- esconde, pelo que lembro, era a brincadeira preferida. Um dia, Lucio deixou o chinelo (lembro bem, um Raider) em uma direção, mas, ele havia ido para outro lado. Bela tática. Perdi de encontrá-lo.  

Não éramos como os antigos, daqueles que se guiavam pelo nascer ou pôr do sol, mas tínhamos a plena noção de quando nosso dia de brincadeira, conversas de crianças e compartilhamento de sonhos tinham chegado ao fim.

A adolescência é mesmo a fase mais complexa da vida. É nesta etapa que cada um começa a ir para um lado. Escolhas diferentes. Ciclos que terminam. Ciclos que se iniciam. Infância que fica para trás. Eu e Lucio nos víamos pouco. No início da vida adulta sim, nos separamos pela distância que separa Indaial (SC) de Santiago (RS). Uma separação comum na vida de familiares, ainda mais quando se tem uma família tão grande como a minha.

Lúcio realizou sonhos: formou-se, trabalhava em uma escola, tratava com professores, construía o sonho de muitas crianças e suas famílias. Cada conquista teve sonho, suor, luta. Sonhar exige sacrifícios, ser feliz dá trabalho, mas, pode-se lutar sem perder a doçura, bondade e afeto, né Lucio? Sabe aquela história de colocar um tijolinho, depois outro, mais um e assim por diante? Tem gente que não herda castelos, mas sim garra e sabedoria, não é primo?  

Lucio era só um. Não se fragmentava. Na escola, em casa, nas ruas, Lucio era firmeza, bondade, humildade, honestidade. Arrisco dizer que Lucio nunca matou uma mosca. Nunca gritou. Nunca fez cara feia a alguém. Nunca precisou de plateia. Sua bondade não precisava ser dita, ser escrita, ser fotografada.  

Lucio, quando nasceu, esteve predestinado a não fazer o mal, a não causar o mal, a não gerar preocupações. Na nossa escola, teve a coragem de ser um menino autêntico, sensível ao próximo, enfrentando todas as costumeiras barras da fase escolar. Lucio nunca se escondeu atrás de algum tipo de desculpa para encarar a vida. Vida que traz surpresas, que interrompe histórias, que apresenta desafios.  Lucio não podia ser deste mundo. Por isso ficou tão pouco tempo nele. Tá, mas uma pessoa como Lucio existe? Sim, e ele foi da nossa família, talvez o único familiar com tamanhas qualidades.

Ainda tenho os ursinhos, os nossos alunos. Lucio teve seus alunos.  Teve a sua escola.  Lucio foi sempre decidido em saber o que queria. Viajou no seu próprio saber. Com certeza aplicava uma pedagogia baseada na técnica mas na sua história de vida. Tenho certeza que esta escola, estes professores, estes alunos, foram felizes! Não correu contra o tempo- que é soberano. Eu tentei correr, viver uma vida em um mês, trocar a noite pelo dia, viver muitas emoções num dia só. Aprendi com Lúcio: tempo, você nasceu para ser respeitado.

Ainda olho o sol aqui da minha sacada, tentando adivinhar que horas são. Mas já não faz tanta diferença. Porque agora a gente não obedece as regras do sol como fazíamos quando criança. A gente não pára. A gente corre. A gente não liga se tem sol, se tem lua. Não olhamos as estrelas.

Ainda brinco de esconde- esconde. Mas é um se esconder da gente mesmo, em certos dias. Afinal, são tantos afazeres, tantos problemas, tantas decepções cotidianas, que a gente se esconde. Amigo algum vai nos encontrar, nós mesmos precisamos sair do esconderijo.

Ainda ando pelo mesmo pátio da casa que andávamos quando criança, mas já não desbravo todos os cantos, já não conheço todas as árvores, já não sento na calçada, já não olho as flores. A gente só estaciona o carro no pátio e é comandado pelo fluxo das horas. Nossas energias de criança, que ainda devem estar ali, certamente se envergonham de nos ver diante da lata fria de um carro, sabendo que tem tanta vida pulsando na grama, nas flores, nas árvores, no ar.

Vontade de gritar. De fazer o universo ouvir quem foi Lucio, do legado que nos deixa, da bondade e humildade que o caracterizaram. Mas, não faria sentido algum. Pois Lucio ensinou que é no silêncio, no equilíbrio, no olhar, no sentir, que estabelecemos as melhores conexões com nós mesmos e com o mundo.

Talvez eu não seja digna de dizer qualquer palavra ao Lucio. Mas, sei que meus primos também lembram de muitas passagens com este ser de luz. E, para amenizar a dor de perder alguém que tem minha idade, e que foi o meu companheiro como professor em uma infância tão longe, é preciso escrever. Depois da partida do Lucio, eu quero ser melhor, quero me espelhar nas suas atitudes. Quero conseguir!  

Obrigada, do fundo do coração, primo Lucio.  




Ideias!